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Armazenamento de energia: a próxima onda do mercado de renováveis
Armazenamento de energia: a próxima onda do mercado de renováveis

Armazenamento de energia: a próxima onda do mercado de renováveis

Autor do post Luisa
Data do post 27 / jan / 2025
Tempo de leitura NaNmin de leitura

Com a expansão global das fontes renováveis, como as energias solar e eólica, que são intermitentes por natureza, o armazenamento de energia vem se tornando um componente crucial para garantir estabilidade e confiabilidade ao sistema energético. Afinal, o uso de baterias de armazenamento pode garantir o estoque de energia em momentos de baixa produção, sem comprometer o consumo residencial e comercial.

O tema já chamou a atenção do Governo Federal, que, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME), abriu consultas públicas para discutir a regulamentação necessária para o setor.

A AXS Energia vem participando das discussões e está em processo de desenvolvimento de quatro projetos de baterias de armazenamento. Esses projetos seriam para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, cada um com capacidade de 200 megawatts-hora. São sistemas que podem despachar 50 MWh de potência por até quatro horas diárias, contribuindo para a estabilidade e eficiência da rede elétrica.

Segundo o CEO da companhia, Rodolfo de Sousa Pinto, o armazenamento de energia é, sem dúvida, a “próxima grande onda no segmento de renováveis”. “Eu posso capturar essa energia num horário que ela está mais barata e usar essa energia ao longo do dia, quando a energia é mais cara. Todo mundo vai poder se beneficiar desse tipo de solução”, explica.

Evolução da energia renovável no Brasil

A necessidade de reduzir emissões de gases poluentes e os avanços tecnológicos foram fatores cruciais para o crescimento das fontes renováveis. Essa corrida, lembra o CEO da AXS Energia, começa no início dos anos 2000.

“Desde então, observamos um esforço global para descarbonizar as matrizes energéticas, reduzindo emissões responsáveis pela poluição do ar e pelo aquecimento global”, comenta. “Isso ficou cada vez mais evidente pelo volume de energia, principalmente solar e eólica, sendo gerado no mundo”, completa.

E o Brasil segue como um dos maiores produtores de energia limpa, ocupando a sexta posição no mundo em capacidade instalada. Em 2024, o país ultrapassou 50 GW de energia solar instalada. Essa conquista coloca o país entre os líderes globais em capacidade solar, ao lado de nações como China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão.

Avanços na disseminação das matrizes limpas 

Para o CEO da AXS Energia, um dos grandes motivos para o crescimento da matriz solar no Brasil tem relação com os movimentos das agências reguladoras e do próprio governo federal para permitir que todas as pessoas possam, daqui alguns anos, comprar energia no mercado livre

“O primeiro movimento foi abrir o mercado livre para todos os consumidores de alta tensão. E, daqui a três a cinco anos, vai abrir para todo mundo”, reconhece Souza. “A questão aqui é estar preparado estruturalmente para atender esse novo modelo de gestão”, completa.

Enquanto não acontece a abertura total desse mercado, no entanto, a AXS Energia já tem a sua solução para proporcionar o uso de energia renovável pelo maior número de consumidores residenciais e pequenos comércios por meio da geração distribuída. Trata-se da comercialização de cotas de energia solar, que já atende 16 mil clientes. 

“Geração distribuída é algo muito similar a uma abertura de mercado. Eu consigo oferecer uma energia limpa e uma energia mais barata para os consumidores finais, e quando houver abertura do mercado, a gente vai vender um produto um pouco diferente, que é a energia vendida diretamente para o consumidor final também”, conta o CEO.

Armazenamento vai garantir estabilidade

Os sistemas de armazenamento devem resolver três grandes problemas do setor brasileiro, avalia Souza. O primeiro deles seria a dificuldade de levar energia de regiões com maior produção para as demais. “As baterias podem armazenar a energia durante o dia e despachar durante a noite, quando os sistemas estão menos carregados”, explica. 

Além disso, os centros urbanos poderão contar com baterias para atender à demanda em horários de pico. “Imagine conjuntos de baterias em grandes cidades, prontos para serem acionados durante o horário de rush em dias quentes, quando o uso de ar-condicionado aumenta”, explica. 

Por último, vai garantir que não haja problema de falta de energia. Trata-se, portanto, de acordo com o CEO da AXS, de uma tendência muito grande de que todo mundo perceba a bateria como um grande agente transformador na maneira de usufruir da energia elétrica.

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