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A bandeira amarela anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o mês de novembro garantiu a redução no valor da conta de energia elétrica no país. Com a mudança, o acréscimo, que estava em R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos na bandeira vermelha, passa para apenas R$ 1,885.
O retorno da tarifa mais baixa tem a ver com o regime de chuvas que voltou ao normal, após meses de seca severa, que afetaram o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, reduz-se a necessidade de recorrer à produção das termelétricas, que além de mais caras, são poluentes.
Mas, nenhum consumidor precisa depender apenas das condições climáticas e das definições de bandeiras tarifárias para ter mais economia na conta de energia elétrica, principalmente em tempos de crise climática global. A contratação de energia solar distribuída, a troca de equipamentos e o consumo mais consciente estão entre as oportunidades.
O que são e como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema que sinaliza aos consumidores brasileiros os custos da geração de energia elétrica é formado pelas bandeiras tarifárias desde 2015. Assim como acontece com a sinalização de trânsito, elas são verde, amarela e vermelha - a variação do custo tem a ver com as condições da geração de eletricidade.
A bandeira verde indica que há condições favoráveis de geração de energia e a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Na bandeira amarela, as condições passam a ficar menos favoráveis. Na bandeira vermelha, há dois patamares, e acréscimos ainda maiores na conta de energia.
Todos os consumidores do sistema cativo das distribuidoras de energia são faturados pelo Sistema de Bandeiras Tarifárias, com exceção daqueles localizados em sistemas isolados. Portanto, optar pelo mercado livre de energia [LINK POST ANTERIOR] já pode ser uma forma de economizar.
Crise climática afeta geração de energia
A energia hidrelétrica compõe a maior parte da matriz energética brasileira, participando com 55% de acordo com a Aneel. Com a necessidade de estar com seus reservatórios cheios para a produção de energia, a modalidade é diretamente afetada pela alteração no regime de chuvas, causada pelas mudanças climáticas.
As secas extremas e cada vez mais prolongadas vem sendo cada vez mais frequentes. A bandeira vermelha sob a qual o país estava até agora é consequência da falta de chuvas deste inverno e início de primavera no hemisfério sul.
Um cenário um pouco pior foio que aconteceu no país em 2021. Uma seca extrema foi responsável pela adoção de uma bandeira com nome específico para a situação: a bandeira "escassez hídrica".
Geração distribuída e energia solar são opção para economizar
A geração distribuída permite a contratação de energia de usinas solares, pagando menos que a tarifa convencional. Essa energia é gerada em locais como fazendas solares e enviada para a rede, beneficiando consumidores que se inscrevem nesse modelo. Esse tipo de contrato permite economizar até 20% na conta de luz, sem necessidade de investir em equipamentos próprios.
Esse é o serviço prestado, por exemplo, pela AXS Energia, que comercializa cotas da energia produzida em suas usinas instaladas nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Os créditos são injetados na rede distribuidora, resultando em descontos para o cliente.
Outras estratégias para reduzir a conta de energia elétrica em casa
O uso consciente de energia elétrica é também uma forma de economizar na conta de luz e ajudar o planeta - já que menos consumo também vai exigir menos da geração, reduzindo o risco de se usar matrizes como as termelétricas. Seguem algumas dicas práticas para adotar em casa:
1. Use lâmpadas e eletrodomésticos mais eficientes
As lâmpadas LED consomem até 80% menos energia que as incandescentes e duram mais. Já os eletrodomésticos podem ser trocados por aqueles que tenham o selo Procel (Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica), que consomem menos energia. O programa do Ministério de Minas e Energia (MME) existe desde 1985.
Os aparelhos com a manutenção em dia, como os filtros limpos, cumprem suas funções de forma mais eficiente. Quando usados na temperatura ideal - nem muito quente, nem muito fria, também gastam menos energia.
TVs, carregadores e fornos de micro-ondas, ainda que não estejam em uso, se estiverem na tomada continuam consumindo energia. Para economizar, o ideal é tirar todos esses aparelhos da tomada quando estiverem ociosos.
Máquinas de lavar e secadoras devem ser usadas, sempre que possível, na capacidade máxima. Ou seja, evite lavar pouca roupa em diversos dias da semana, procure acumular as peças para melhor aproveitamento. Se a atividade for feita fora do horário de pico, ainda melhor, a tarifa é mais baixa. Quando o assunto é a geladeira, abra a porta somente quando precisar de algo para evitar que ela gaste mais energia para manter a temperatura interna.
Mantenha as janelas abertas durante o dia para reduzir a necessidade de iluminação artificial. O uso de espelhos e cores claras nas paredes também ajuda a diminuir a necessidade de acender as lâmpadas.
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