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Tornar as cidades ambientes seguros e resilientes é um dos mais relevantes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU), principalmente quando se trata dos efeitos das mudanças climáticas e da redução da emissão de gases do efeito estufa. O ODS 11 tem entre as suas metas, até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, com atenção especial à qualidade do ar e à gestão de resíduos municipais.
Isoladamente, já existem diversos municípios no Brasil que registram sucesso ao implementar políticas públicas ligadas à agricultura urbana, mobilidade sustentável e produção de energia renovável. Tudo isso com o apoio e, até mesmo, financiamento de entidades internacionais, como o ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade - e pela rede de cidades C40.
O país também tem comunidades inteiras, as chamadas comunidades sustentáveis ou ecovilas, que reúnem pessoas interessadas em ajudar na preservação do meio ambiente. Nestes locais, adotam-se práticas como a redução do consumo e da geração de resíduos, o uso de meios de transporte coletivos e de fontes de energia renováveis.
Todas essas ações têm como finalidade ajudar na redução da emissão de poluentes, responsáveis pelas mudanças climáticas e, por consequência, pelas cenas recentes que o país acompanhou no Rio Grande do Sul, em cidades do interior e em Porto Alegre.
A alteração no regime de chuvas, com secas e enxurradas, está entre as situações que devem se tornar mais frequentes com o aquecimento do planeta. Tão importante quanto ou ainda mais do que as ações coletivas, portanto, é pensar no papel de cada cidadão na busca por soluções que melhorem a vida nessas cidades e comunidades.
Geração e compartilhamento de energia renovável
Entre as ações mais adotadas nas cidades e comunidades sustentáveis está o uso da energia renovável. Em 2023, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, a fonte solar teve acréscimo de 3 Gigawatts à matriz energética brasileira.
Somente na geração fotovoltaica centralizada, de grandes parques solares, já são 18 mil usinas solares instaladas no país, capazes de produzir uma potência de 10,3 Gigawatts. Em abril deste ano, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil chegou a 2 milhões de residências com painéis instalados.
Mas o uso da energia solar é ainda maior graças à possibilidade do compartilhamento, a partir do sistema de comercialização de cotas. Esse é o serviço prestado, por exemplo, pela AXS Energia, que permite o uso da energia limpa sem a necessidade de investimentos em instalação de equipamentos.
A energia gerada pela cota é convertida em créditos que serão abatidos na conta de luz, proporcionando assim uma energia mais sustentável e econômica, com desconto de até 10%. Hoje, a empresa atende os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Goiás.
Mobilidade urbana com menos combustíveis fósseis
Nas ruas também é possível - e preciso - buscar soluções menos poluentes. Para a efetividade dessa migração, é essencial a disponibilização de um sistema de transporte público eficiente para a população e, preferencialmente, eletrificado, sistemas de ciclovias e, até mesmo, calçadas que permitam que as pessoas que precisam fazer distâncias mais curtas caminhem com facilidade.
Se há necessidade de utilizar o transporte individual motorizado, o ideal é optar pelos modelos também elétricos. Há no mercado opções de bicicletas, patinetes e veículos elétricos e híbridos com tecnologias cada vez mais acessíveis.
Como reflexo disso, as vendas de carros elétricos representaram quase 1% da venda de veículos no Brasil em 2023, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Fazendas e hortas urbanas para ressignificar a alimentação
As cidades também estão ampliando investimentos em agricultura urbana. A medida reduz a distância percorrida pela produção até chegar à mesa da população, garante produtos de qualidade, segurança alimentar e o entendimento do ciclo necessário para o cultivo.
Em São Paulo, a ONG Cidades Sem Fome transforma espaços sem uso em hortas para a produção de alimentos, o que também propicia a oferta de trabalho e renda para a população vulnerável.
O sistema é parecido com o dos Quintais Produtivos, no Rio de Janeiro; e das Hortas Comunitárias Urbanas, em Curitiba. Na capital do Paraná, já foram inaugurados 170 espaços, que ocupam cerca de 200 mil metros quadrados em diversas áreas da cidade.
Reduzir, reusar e reciclar o lixo
Entre as soluções sustentáveis, a compostagem é uma das ações que podem ser tomadas em casa para reduzir a geração de resíduos. Com o aproveitamento dos materiais orgânicos para produção de adubo que, por sua vez, beneficiará a produção de novos alimentos, reduz-se o uso dos aterros sanitários.
Tanto esses espaços (que são ambientalmente aceitáveis) quanto o transporte do lixo até eles são responsáveis pela emissão de gases nocivos ao meio ambiente. Por isso, o trabalho de educação ambiental deve ser focado em reduzir ao máximo os resíduos gerados pela população.
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