Blog da AXS Energia
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O movimento Zero Waste, ou Lixo Zero na tradução para a língua portuguesa, vem com o conceito principal de diminuir ao máximo a quantidade de resíduos gerada pelos seres humanos no planeta. Resíduo é todo o tipo de material que as pessoas “jogam fora”, como os restos de alimentos, embalagens, tecidos e, até mesmo, equipamentos eletrônicos fora de uso. Leia também: Altas temperaturas globais evidenciam urgência na transição energética A grande questão é que “fora”, na verdade, não existe, e qualquer um desses materiais descartados pode gerar um passivo ambiental - ainda que isso aconteça em locais considerados próprios, como os aterros sanitários, há liberação de gases nocivos pelo transporte e pela própria decomposição de materiais. Portanto, essa redução vai impactar diretamente na diminuição da emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelos efeitos das mudanças climáticas. Nessa tendência, a energia fotovoltaica se apresenta como uma solução, já que na sua produção, a emissão de gases já é menor, sua geração de resíduos é praticamente inexistente e os painéis usados para a captação de luz solar têm destino após o fim da sua vida útil. O que é e como surgiu o movimento Zero Waste O Zero Waste surgiu de uma iniciativa da Zero Waste International Alliance (ZWIA), como resposta à preocupação com a quantidade de resíduos gerados pelo ser humano ainda no século XX. O conceito tem cinco princípios básicos que ajudam a entender a sua essência e seguir seus direcionamentos: Recusar: dizer não a itens que podem gerar lixo desnecessariamente é o primeiro passo para quem quer aderir ao movimento. Nessa lista entram os produtos descartáveis plásticos como pratos, canudos, talheres, sacolas e embalagens que não podem ser reutilizadas; além dos que sejam mais embalados do que o necessário com materiais difíceis de reciclar. Reduzir: nesse passo, é fundamental o consumo consciente - adquirir o necessário e eliminar o excesso de roupas, calçados e eletrônicos, por exemplo. Além de gerar menos recursos, a pressão sobre os recursos naturais necessários para a produção de novos itens também diminui. Reutilizar: trocar as sacolas plásticas por sacolas de tecido é um bom modo de começar a aplicar esse princípio. Isso vale para garrafas de vidro e metal e copos de silicone. Outros produtos, como eletrônicos, podem ser consertados, doados ou comprados de segunda mão, incentivando a economia circular. Reciclar: o que não pode ser reduzido ou reutilizado, deve ser reciclado. E reciclar significa separar corretamente os materiais para que eles possam ser reaproveitados da melhor forma em novos produtos. Compostar: esse princípio vale para os resíduos orgânicos, que podem se transformar em adubo em composteiras, ao invés de irem para o aterro sanitário, onde vão gerar gás metano. Energia fotovoltaica reduz desperdício de recursos O movimento Zero Waste na energia fotovoltaica começa pela diminuição do desperdício: ao fazer a opção pela matriz sustentável, evita-se a queima de combustíveis fósseis das usinas térmicas e a geração dos seus subprodutos como cinzas e gases poluentes. Além disso, a geração distribuída (nas residências ou em usinas compartilhadas) reduz as perdas na transmissão de energia. Os equipamentos do sistema fotovoltaico também colaboram para o conceito, já que podem operar por mais de 25 anos. O CEO da AXS Energia, Rodolfo de Souza Pinto, lembra que os inversores, responsáveis por transformar a energia gerada pelos painéis em eletricidade utilizável, podem ser atualizados sem a necessidade de descarte integral do equipamento. “Além disso, a pesquisa em novas tecnologias já permite a reciclagem eficiente dos módulos solares, garantindo que os materiais retornem à cadeia produtiva. Estamos comprometidos não apenas em fornecer energia limpa, mas em criar soluções que otimizam recursos, reduzem resíduos e ajudam a construir um futuro mais equilibrado e sustentável”, confirma. Como fazer parte do movimento? Além de aderir à energia solar, o que pode ser feito com facilidade por meio da contratação de cotas em usinas fotovoltaicas compartilhadas como as da AXS Energia, existem muitas outras formas de aplicar o conceito Zero Waste no dia a dia. Pequenas mudanças de hábito, como reduzir o consumo excessivo, reutilizar materiais sempre que possível e optar por produtos com menor impacto ambiental, fazem a diferença na construção de um mundo mais sustentável. A energia fotovoltaica já é uma realidade acessível e alinhada a esse propósito, permitindo não apenas a redução do desperdício energético, mas também contribuindo para um modelo mais eficiente e consciente de consumo. Ao unir tecnologia, inovação e responsabilidade ambiental, avançamos rumo a um futuro com menos resíduos e mais equilíbrio para o planeta.
A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, acontece em novembro, em Belém (PA), e marca uma década do Acordo de Paris, um momento global no combate às mudanças climáticas. O tratado internacional que visa a redução da emissão de gases do efeito estufa, principais responsáveis pelo aquecimento global. As metas de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C e os compromissos de financiamento climático serão tópicos centrais para monitorar o progresso desde a COP29, realizada em 2024 no Azerbaijão, e acelerar ações futuras. Os principais desafios, de acordo com o governo brasileiro, incluem alinhar os compromissos de países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação ao financiamento climático, garantir que as metas de redução de emissões sejam compatíveis com a ciência climática e lidar com os impactos socioeconômicos das mudanças climáticas em populações vulneráveis. As energias renováveis são protagonistas nesse processo. Em especial, a energia solar que vem quebrando recordes ano após ano no Brasil e no mundo. Para o CEO da AXS Energia, Rodolfo de Souza Pinto, a COP30 será um marco global na luta contra as mudanças climáticas. “É um momento único para o Brasil consolidar sua liderança na transição energética. O país tem um enorme potencial para ser referência em soluções sustentáveis, e a energia solar é peça-chave nessa transformação", avalia. A COP 30 O evento reunirá líderes globais para discutir estratégias de combate às mudanças climáticas, com foco na redução de emissões de gases do efeito estufa, no financiamento climático e nos impactos socioeconômicos do aquecimento global. O Brasil, como anfitrião, terá a chance de destacar seu potencial em energias renováveis, especialmente a energia solar e eólica, além de debater o papel da Amazônia na regulação do clima global. A conferência deve impulsionar políticas públicas e investimentos sustentáveis, consolidando a liderança do país na transição energética e economia verde. "Mas precisamos de políticas públicas efetivas e incentivos que acelerem a adoção da energia solar em larga escala, garantindo um futuro mais limpo e resiliente para o planeta", alerta Souza. O papel da energia solar na descarbonização De acordo com o CEO da AXS Energia, a COP 30 deve dar ainda mais visibilidade à energia solar como uma solução concreta e acessível para a redução das emissões globais. O Brasil já é um dos líderes mundiais em geração solar distribuída, lembra, e este evento é a oportunidade para acelerar investimentos e políticas públicas voltadas para essa fonte limpa e renovável. "A energia solar não é apenas uma alternativa, mas um caminho necessário para a redução das emissões de carbono. Com custos cada vez mais competitivos e tecnologia avançada, podemos substituir fontes fósseis de forma eficiente e sustentável, garantindo segurança energética e desenvolvimento econômico", avalia. Energia solar acessível: um caminho para a inclusão energética A disponibilização de energia solar por meio de cotas, como o serviço ofertado pela AXS, pode, de fato, contribuir para uma transição energética justa, pois permite que mais pessoas tenham acesso à energia renovável sem a necessidade de altos investimentos iniciais. O sistema funciona como um modelo de compartilhamento, no qual consumidores podem adquirir frações da produção de uma usina solar remota e receber os créditos de energia na conta de luz. Assim, a energia limpa se torna mais acessível, beneficiando famílias de baixa renda, pequenas empresas e comunidades vulneráveis que, de outra forma, não poderiam instalar painéis solares próprios. Além do baixo custo, esse modelo impulsiona a democratização da energia, reduzindo a dependência de fontes fósseis, gerando empregos e fortalecendo a economia local, elementos essenciais para uma transição energética inclusiva e sustentável. Souza lembra que investir em energia solar não é apenas uma questão ambiental, mas também social e econômica. A geração distribuída e os grandes projetos solares geram empregos, impulsionam a inovação e garantem acesso a uma energia mais barata e sustentável para milhões de pessoas.
Na contramão da necessidade urgente de uma transição energética sustentável, o Brasil elevou a tarifa de importação de módulos fotovoltaicos de 9,6% para 25% no último mês de novembro. No curto prazo, a expectativa do setor é de que esse aumento gere alguns impactos nos investimentos em energia solar no país. Com custo inicial mais elevado, uma vez que grande parte dos componentes fotovoltaicos ainda é importada, os sistemas solares podem ficar menos acessíveis para pequenos e médios investidores, que representam uma fatia importante do mercado. Esse custo adicional pode postergar decisões de investimento e desacelerar a adesão de novos consumidores à energia solar. Além disso, entre as preocupações, está a elevação de preços de instalação destes projetos, o que pode reduzir a competitividade da energia solar em relação a outras fontes de energia no mercado, especialmente para consumidores que não têm incentivos diretos ou que enfrentam margens financeiras mais apertadas. Porém, para o CEO da AXS Energia, Rodolfo de Sousa Pinto, o impacto dependerá mais da capacidade dos agentes de mercado de oferecer alternativas competitivas e da implementação de políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento sustentável da energia solar no país. “Mesmo com a alta nas tarifas de importação, o mercado de energia solar no Brasil continua forte e resiliente. A oferta de cotas e outras modalidades de acesso democratiza a energia solar e mantém sua atratividade, tanto para consumidores residenciais quanto empresariais”, diz. Governo afirma que busca equilíbrio A elevação da tarifa de importação dos componentes fotovoltaicos importados para 25%, de acordo com o Governo Federal, teria o objetivo de equilibrar a competitividade com os produtos nacionais e incentivar a utilização da capacidade produtiva do país. Haveria a possibilidade de geração de 21 mil empregos diretos e 100 mil empregos indiretos. A medida impacta as células fotovoltaicas montadas em painéis solares, ou seja, módulos fotovoltaicos já montados. Dessa forma, a medida atende tanto a indústria nacional que fabrica células fotovoltaicas, assim como toda uma cadeia envolvida na elaboração e implementação de projetos de painéis solares. Setor de energia solar em risco Para o coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bruno Catta Preta, no entanto, a nova alíquota de importação pode colocar em risco a cadeia produtiva do setor, além de conflitar com o discurso de transição energética do Governo para fazer frente às iniciativas contra as mudanças climáticas. “Queremos o crescimento da indústria nacional, só que, especificamente neste produto, não são fábricas, [as empresas] apenas montam o módulo aqui”, afirma. “E com agravante: os dois fabricantes nacionais têm capacidade de fabricar por ano apenas 1 GW. A nossa demanda no Brasil em 2023 foi de mais de 17 GW”, completa Catta Preta. Outra questão, alerta o coordenador, é que os módulos fotovoltaicos nacionais não teriam algumas certificações internacionais para os equipamentos, que são exigidas em alguns projetos de geração de energia solar, sobretudo para conseguir financiamentos. Copo meio cheio e incentivo local Apesar das ponderações do coordenador da Absolar, é possível que a medida do Governo Federal possa ser vista de uma nova perspectiva: com a expansão de modalidades alternativas de uso da energia solar, como é o caso da oferta de cotas de energia solar - principal modelo de negócios da AXS Energia, por exemplo. O CEO da companhia lembra que o modelo permite que os consumidores de qualquer porte, inclusive os residenciais, tenham acesso à energia limpa e mais econômica, sem precisar investir na aquisição ou na instalação de painéis. “Dessa forma, tornamos essa opção viável para um público ainda maior”, reforça Souza. “E incentivamos o crescimento do mercado”, completa. Com usinas nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, a AXS Energia faz a geração de energia solar e compartilha com os clientes por meio de créditos solares, que são abatidos da conta de luz das concessionárias. O valor pago mensalmente é fixo, proporcional ao consumo anual. No longo prazo, ainda é possível acreditar que esse incentivo possa beneficiar a indústria nacional no desenvolvimento de produtos de qualidade para o mercado local.
A bandeira amarela anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o mês de novembro garantiu a redução no valor da conta de energia elétrica no país. Com a mudança, o acréscimo, que estava em R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos na bandeira vermelha, passa para apenas R$ 1,885. O retorno da tarifa mais baixa tem a ver com o regime de chuvas que voltou ao normal, após meses de seca severa, que afetaram o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, reduz-se a necessidade de recorrer à produção das termelétricas, que além de mais caras, são poluentes. Leia também: IPTU Verde: com energia solar, pequenos negócios podem ter economia Mas, nenhum consumidor precisa depender apenas das condições climáticas e das definições de bandeiras tarifárias para ter mais economia na conta de energia elétrica, principalmente em tempos de crise climática global. A contratação de energia solar distribuída, a troca de equipamentos e o consumo mais consciente estão entre as oportunidades. O que são e como funcionam as bandeiras tarifárias? O sistema que sinaliza aos consumidores brasileiros os custos da geração de energia elétrica é formado pelas bandeiras tarifárias desde 2015. Assim como acontece com a sinalização de trânsito, elas são verde, amarela e vermelha - a variação do custo tem a ver com as condições da geração de eletricidade. A bandeira verde indica que há condições favoráveis de geração de energia e a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Na bandeira amarela, as condições passam a ficar menos favoráveis. Na bandeira vermelha, há dois patamares, e acréscimos ainda maiores na conta de energia. Todos os consumidores do sistema cativo das distribuidoras de energia são faturados pelo Sistema de Bandeiras Tarifárias, com exceção daqueles localizados em sistemas isolados. Portanto, optar pelo mercado livre de energia [LINK POST ANTERIOR] já pode ser uma forma de economizar. Crise climática afeta geração de energia A energia hidrelétrica compõe a maior parte da matriz energética brasileira, participando com 55% de acordo com a Aneel. Com a necessidade de estar com seus reservatórios cheios para a produção de energia, a modalidade é diretamente afetada pela alteração no regime de chuvas, causada pelas mudanças climáticas. As secas extremas e cada vez mais prolongadas vem sendo cada vez mais frequentes. A bandeira vermelha sob a qual o país estava até agora é consequência da falta de chuvas deste inverno e início de primavera no hemisfério sul. Um cenário um pouco pior foio que aconteceu no país em 2021. Uma seca extrema foi responsável pela adoção de uma bandeira com nome específico para a situação: a bandeira "escassez hídrica". Geração distribuída e energia solar são opção para economizar A geração distribuída permite a contratação de energia de usinas solares, pagando menos que a tarifa convencional. Essa energia é gerada em locais como fazendas solares e enviada para a rede, beneficiando consumidores que se inscrevem nesse modelo. Esse tipo de contrato permite economizar até 20% na conta de luz, sem necessidade de investir em equipamentos próprios.Esse é o serviço prestado, por exemplo, pela AXS Energia, que comercializa cotas da energia produzida em suas usinas instaladas nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Os créditos são injetados na rede distribuidora, resultando em descontos para o cliente. Outras estratégias para reduzir a conta de energia elétrica em casa O uso consciente de energia elétrica é também uma forma de economizar na conta de luz e ajudar o planeta - já que menos consumo também vai exigir menos da geração, reduzindo o risco de se usar matrizes como as termelétricas. Seguem algumas dicas práticas para adotar em casa:1. Use lâmpadas e eletrodomésticos mais eficientes As lâmpadas LED consomem até 80% menos energia que as incandescentes e duram mais. Já os eletrodomésticos podem ser trocados por aqueles que tenham o selo Procel (Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica), que consomem menos energia. O programa do Ministério de Minas e Energia (MME) existe desde 1985. Otimize o uso do ar-condicionado e aquecedores Os aparelhos com a manutenção em dia, como os filtros limpos, cumprem suas funções de forma mais eficiente. Quando usados na temperatura ideal - nem muito quente, nem muito fria, também gastam menos energia. Não deixe aparelhos em stand-by TVs, carregadores e fornos de micro-ondas, ainda que não estejam em uso, se estiverem na tomada continuam consumindo energia. Para economizar, o ideal é tirar todos esses aparelhos da tomada quando estiverem ociosos. Evite sobrecarga no uso de eletrodomésticos Máquinas de lavar e secadoras devem ser usadas, sempre que possível, na capacidade máxima. Ou seja, evite lavar pouca roupa em diversos dias da semana, procure acumular as peças para melhor aproveitamento. Se a atividade for feita fora do horário de pico, ainda melhor, a tarifa é mais baixa. Quando o assunto é a geladeira, abra a porta somente quando precisar de algo para evitar que ela gaste mais energia para manter a temperatura interna. Aproveite luz natural dos ambientes Mantenha as janelas abertas durante o dia para reduzir a necessidade de iluminação artificial. O uso de espelhos e cores claras nas paredes também ajuda a diminuir a necessidade de acender as lâmpadas.
Desde janeiro de 2024, todos os consumidores de alta tensão no Brasil podem aderir ao mercado livre de energia. A decisão estabelecida via Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, deve ampliar o acesso a fontes renováveis de energia dentro do país - o que promove maior economia de custos e sustentabilidade. O consumidor de alta tensão é classificado como aquele com demanda energética maior que 2,3 mil kVA. Antes dessa normativa, apenas aqueles que passassem de 500KW de consumo podiam participar de leilões no mercado livre para a compra de eletricidade junto a qualquer fornecedor - o que inclui usinas de matrizes renováveis. Isso permite que essas empresas tenham maior autonomia para negociar preços, flexibilidade, sustentabilidade e previsibilidade. “Tínhamos uma parcela de consumidores de alta tensão que não conseguia ter autonomia para apostar em fontes sustentáveis de energia, porque a única forma seria instalar um sistema de geração próprio, que é caro e necessita de espaço físico. A partir de janeiro desse ano, esse público pode participar do mercado público de energia e comprar energia de qualquer distribuidor”, explica Rafael Bomaro Ferreira, head de Gestão e Comercialização de Energia da AXS Energia. Dados da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apontam que mais de 16 mil empresas brasileiras decidiram migrar para o mercado livre de energia até 2025. Dessas 16 mil empresas que anunciaram a migração para o mercado livre, 94% consomem menos de 500 KW - segundo a Abraceel. Ou seja, antes da mudança da legislação, elas não estavam aptas para deixar o mercado regulado e optar pela compra de eletricidade de forma direta. Essa abertura do mercado para mais consumidores deve impactar no aumento da procura por fontes renováveis de energia no país. No modelo de Geração Distribuída dentro do mercado regulado, uma empresa pode contratar essas matrizes energéticas de duas formas: ao adquirir um projeto ou ao fazer a locação de um parque solar. Já com o mercado livre, é possível que a aquisição do projeto seja feita junto a um gerador solar, sem a necessidade de um contrato de locação. Isso diminui a burocracia e os custos para que os consumidores contratem esses serviços - o que auxilia na maior democratização entre pequenas e médias empresas. Outra diferença entre os modelos é que na Geração Distribuída toda energia disponibilizada gera um crédito, que será compensado na fatura. Caso os valores ultrapassem a quantidade consumida, eles são utilizados no próximo mês. Já no mercado livre, o consumidor compra a energia de forma direta, sem intermédio da distribuidora, e arca apenas com os custos da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD). “Vemos um grande movimento de empresas para mostrar que as operações são carbono neutro. Então, quando você faz essa abertura de mercado, você aumenta a procura por fontes renováveis, porque ninguém vai para o mercado livre para comprar fontes que não sejam renováveis. Temos benefícios tributários ainda ativos para as empresas que optam por essa energia”, complementa Bomaro. Futuro com energia limpa e mercado totalmente aberto O Ministério de Minas e Energia não divulgou de forma oficial um cronograma para que os consumidores de baixa tensão possam acessar o mercado livre. Para esse público, é possível acessar o mercado de fontes renováveis via modelos de geração compartilhada. Um desses exemplos é ofertado pela AXS Energia que, com usinas solares instaladas nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Goiás, oferece o acesso à energia solar por meio de um serviço de assinatura. “A geração compartilhada já foi uma quebra de paradigma dentro do setor, porque mostrou ao consumidor que ele tinha poder de escolha para utilizar uma energia limpa e com benefício financeiro. Mostrou a pequenos empresários que era possível investir em usinas de energia solar. Então, esse movimento educou muito o setor e preparou para essa abertura de mercado”, analisa. Os clientes da AXS Energia adquirem cotas nas usinas solares e, de acordo com o consumo mensal, podem receber créditos na carteira solar - que posteriormente rendem descontos tarifários. O sistema de assinatura ainda promove a redução de custos, porque o consumidor não precisa arcar com a aquisição de equipamentos. “É preciso muito diálogo e adequação, porque existem muitos encargos repassados ao consumidor cativo para que haja benefícios aos consumidores de energia limpa. A abertura de mercado permite poder de escolha e a maior parte já entendeu que há possibilidade de escolha, mesmo sem estarem no mercado livre. Acredito que até 2030 será possível essa abertura total, assim como acontece em países desenvolvidos”, finaliza o especialista.
A garantia de um mundo melhor para as futuras gerações passa, necessariamente, pela inclusão desses cidadãos nas ações de cuidado com o planeta no momento presente. E não há forma melhor de disseminar conhecimento a respeito da preservação e da sustentabilidade do que com a educação ambiental. Mas a partir de quando as crianças devem ser expostas a esse conteúdo? Na educação infantil, já é possível e necessário estimular a consciência ambiental, uma vez que é nessa etapa que acontece a formação da personalidade e a construção de discurso. O processo deve estar integrado ao currículo escolar para que os estudantes tenham a dimensão de que a mobilização deve fazer parte do cotidiano, além de ultrapassar as paredes e os muros das escolas, já que o tema reflete em toda a sociedade. Fato é que a educação ambiental está prevista em lei no Brasil e, embora não haja punição pelo seu descumprimento, levar informações sobre a preservação do meio ambiente é cada vez mais importante em um mundo que convive com as ameaças das mudanças climáticas e seus eventos extremos, como as tempestades, secas e cheias. Assuntos mais urgentes na educação ambiental Em paralelo aos eventos causados pelas mudanças climáticas, as ações que promovem a redução da emissão de gases de efeito estufa devem estar cada vez mais em pauta. De acordo com estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), nos últimos 10 anos, os desastres naturais causaram R$ 401,3 bilhões de prejuízos no Brasil. Ao mesmo tempo, a pesquisa aponta que a União destinou apenas R$ 4,9 bilhões para ações de gestão de riscos de desastres no período. O investimento do poder público é necessário para conter as consequências de eventos extremos e, também, para conscientizar a população e reverter o cenário climático atual. Atitudes simples, tomadas no dia a dia, podem diminuir o impacto individual na natureza. O processo de separação de resíduos, por exemplo, pode ser iniciado dentro de casa e desde cedo, ensinando às crianças a importância do processo e do respeito ao meio ambiente. A mobilização em massa reflete em efeitos evidentes. Segundo a World Wide Fund for Nature (WWF), a reciclagem de uma tonelada de jornais evita a emissão de 2,5 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Já o papel jornal produzido a partir das aparas, requer 25% a 60% menos energia elétrica do que a necessária para obter papel da polpa da madeira. Também se observa economia de energia na reciclagem do alumínio: para uma tonelada do material, são gastos 95% de energia a menos. O processo também diminui a poluição causada pela fabricação convencional, reduzindo 85% da poluição do ar e 76% do consumo de água. O uso racional da água, aliás, é outro tema importante, em função da alteração no regime de chuvas provocado pelas mudanças climáticas. É em casa que se incentiva a economia ao fechar as torneiras, reutilizar a água da máquina de lavar, entre outras ações. Por fim, também é necessário abordar a disseminação do uso de energias renováveis, como a solar e a eólica, entre os lares brasileiros em atividades de educação ambiental. Hoje, não é mais necessário o alto investimento na instalação de equipamentos próprios. A energia compartilhada garante o acesso e a praticidade no uso de energias que se regeneram o substituem o uso de combustíveis fósseis, que contribuem para as emissões de gases, responsáveis pelo aumento da temperatura no planeta. Cases de sucesso A cidade de Curitiba, no Paraná, por exemplo, capital com o maior índice de separação de resíduos recicláveis do país (22%), é também conhecida pela famosa campanha de educação ambiental dos anos 1990: a Família Folhas. O projeto, uma parceria entre as secretarias locais de Educação e Meio Ambiente, leva as informações de sustentabilidade a escolas e eventos em espaços públicos. Se há mais de 30 anos, no período de início da sensibilização sobre a reciclagem de materiais, os integrantes da família ficaram famosos por um jingle que pedia que não fossem descartados materiais com valor comercial e que pudessem ser reutilizados, hoje, os temas incluem a agenda ESG (sigla, em inglês, que significa Ambiental, Social e Governança) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ainda na Região Sul do Brasil, em Florianópolis (SC), onde fica a sede da AXS Energia, um projeto une campanhas e ações ambientais: o Floripa Sustentável. O movimento que existe desde 2017 tem o intuito de promover a preservação, sem deixar de lado o crescimento econômico. As ações realizadas pelo grupo, formado por empresas e entidades de classe locais, vão desde a limpeza das praias, passando pelo envolvimento na legalização do comércio ambulante, até um movimento pela revitalização do centro histórico da capital catarinense.
A 28ª edição da Conferência das Partes (COP28) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi concluída no último dia 13. Cerca de 200 países signatários dos acordos climáticos estiveram reunidos em Dubai, nos Emirados Árabes, para discutir soluções para a emergência climática. Pela primeira vez, a eliminação do uso de combustíveis fósseis foi abordada e discutida diretamente como forma de combate às mudanças climáticas. No ano considerado o mais quente em 174 anos, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), com uma temperatura média da superfície global 1,4ºC acima da média, o debate trouxe à tona as problemáticas das emissões de gases de efeito estufa e as consequências do uso de combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral, para o futuro do planeta. Diante do cenário climático caótico em diversas partes do mundo, expectativas foram levantadas sobre o acordo firmar metas de eliminação do uso de combustíveis fósseis, uma meta já definida para 2050. No entanto, o texto aprovado inclui o comprometimento dos países participantes em se afastar de fontes não renováveis para contribuir para a transição e a eficiência energética. As medidas foram tratadas como urgentes e transferem aos países a responsabilidade de desenvolver soluções para frear o aumento das temperaturas do planeta com estratégias de investimento, conscientização e aplicação de ações reais em seus territórios. Conforme estabelecido no Acordo de Paris, é preciso manter as temperaturas médias em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Metas da transição energética Entre as resoluções, foi acordado o compromisso de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030. A capacidade de energia gerada a partir de fontes limpas, hoje, fica em torno de 3,4 gigawatts. Com as mudanças, espera-se chegar a 11 mil gigawatts dentro do prazo de 7 anos para implementação e análise de resultados concretos. Além disso, os países signatários devem dobrar a eficiência energética, acelerar investimentos e aumentar a oferta de financiamento para que países em desenvolvimento possam promover a transição. Também se projeta a redução do uso de combustíveis fósseis dentro do mesmo prazo, o que começa pelo cancelamento das implantações de novas usinas a carvão. A indústria do petróleo e gás também deve reduzir as suas emissões de metano em 75% dentro deste prazo. Energia limpa é o caminho Com o acordo firmado pelo conjunto de países que incluem o Brasil e a repercussão das discussões feitas acerca do tema, o uso de energias renováveis deve se intensificar nos próximos anos. A diminuição do uso de combustíveis fósseis acontece proporcionalmente ao aumento de geração elétrica a partir da fonte solar, eólica e hídrica. Com a decisão tomada na COP28, o Brasil caminha cada vez mais para uma matriz energética limpa no futuro. As iniciativas conjuntas e individuais são parte do movimento de sensibilização das pessoas em relação a atitudes individuais que podem ser tomadas para a redução de emissões de gases do efeito estufa, que é uma das tendências do setor de energia solar para 2024.
Seja pela economia gerada ou pela sustentabilidade, o segmento da energia solar tem grande potencial de crescimento ao redor do mundo. E, no Brasil, não é diferente. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, de janeiro a setembro de 2023, o país registrou o maior aumento de geração solar, com acréscimo de 3 Gigawatts (GW) à matriz energética. Para comparação, no ano de 2022, o aumento foi de 2,5 GW na soma dos 12 meses. Segundo os dados, a energia gerada a partir da queima de combustíveis fósseis compreende menos de 20% da matriz elétrica do Brasil. As fontes renováveis, como a hídrica, eólica e solar, já correspondem a 83,79% da matriz. Essa representatividade deve crescer e caminhar para uma matriz limpa no futuro. Para isso, algumas tendências contribuem para o desenvolvimento do setor e para a otimização de processos que já estão em funcionamento. Energia solar e a Internet das Coisas (IoT) A geração de energia solar por si só já se caracteriza por um grande avanço tecnológico que permite que a sociedade se distancie de fontes prejudiciais ao meio ambiente, como a queima de combustíveis fósseis, e se aproxime de fontes renováveis, como a energia solar, para garantir necessidades básicas como a energia. Com o crescimento do mercado, as soluções criadas para atender ao público e aprimorar a geração de energia também surgem. Em 2024, uma das tendências previstas é que a energia solar se integre cada vez mais à Internet das Coisas (IoT), termo utilizado para o movimento tecnológico que agrega o mundo virtual à dispositivos e objetos utilizados no dia a dia. A solução também deve ser aplicada aos sistemas solares, que podem passar a coletar dados refinados sobre a geração de energia para otimizar a produção e controlar a eficiência dos painéis de forma remota. A melhoria dos equipamentos solares Da mesma forma, a tecnologia se estende à qualidade dos equipamentos utilizados no processo de geração de energia. O incremento na potência dos painéis solares possibilita uma geração cada vez maior com placas cada vez menores. Esse avanço torna possível a redução das usinas em terreno utilizado, garantindo a mesma capacidade, o que diminui o impacto do processo no meio ambiente. Já os avanços em relação aos materiais utilizados, que podem variar de acordo com cada marca, permitem, além da geração mais eficiente, maior resistência. Dessa forma, módulos mais resistentes diminuem a necessidade de manutenção das placas e reduzem, também o descarte de materiais. Conscientização em massa Mesmo que a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental sejam temas focais em inúmeras empresas e núcleos sociais, o ímpeto pela transformação e a aceitação de soluções renováveis parte, muitas vezes, da vivência das mudanças climáticas na prática. A população sai do campo conceitual e passa a perceber no dia a dia as consequências de atitudes que vêm sendo tomadas há séculos. O aumento da temperatura global, por exemplo, é um dos fatores que não passa despercebido e escancara a realidade do planeta que precisa de medidas sustentáveis para garantir um futuro às próximas gerações. Assim, a mobilização da população cresce proporcionalmente ao nível de preocupação, o que estimula soluções renováveis em diversos setores, incluindo o energético.